Sobre a ideia de uma educação liberal
No Dia dos Professores , há poucas coisas a louvar mais do que a própria possibilidade do aprendizado cujo fim é, como dizia Aristóteles, fugir da ignorância e que, portanto, é, como as coisas mais excelsas da vida humana, um fim em si mesmo. Milênios depois do Estagirita, tal ideal é o que tem sido chamado por nomes como Leo Straus e Michael Oakeshott de “educação liberal”.
Sob certo aspecto o nome é ruim porque pode, em certas mentes, despertar conexões ideológicas, políticas ou econômicas não apenas questionáveis, mas que obliteram o real entendimento do que tal ideal de educação verdadeiramente almeja.
Para uma compreensão mais sofisticada do que significa uma educação verdadeiramente liberal, há duas citações que julgo quase que exaustivas; elas praticamente esgotam o que penso ser o cerne de uma educação que seja fim em si mesma. Ambas são de Michael Oakeshott e estão na primeira das conferências reunidas sob o título de A voz da educação liberal: